Coleta parcialmente seletiva
está sendo implantada no país, a fim de divulgar a preservação do meio ambiente
a nível nacional.
São Tomé e Príncipe é um país insular, que foi colonizado por Portugal e
obteve sua independência política em 1975, possui um povo de cultura resultante
de várias origens como a portuguesa, angolana, guineenses e cabo-verdiana. Hoje
a presença de estrangeiros no país ainda é forte, mas agora são também dos mais
variados países além dos que já passavam por aqui, como os franceses, chineses,
brasileiros e norte-americanos.
Com esta salada cultural
presente no cotidiano, muitos hábitos vão sendo mudados pouco a pouco, como a
sensibilização à preservação do meio ambiente. Idéia que chegou timidamente, e
nos últimos anos está ganhando vários multiplicadores. Entre as ações mais
perceptíveis temos as formações aos vários atores sociais realizadas pelas ONGs
e recentemente uma coleta parcialmente seletiva está sendo implantado pela câmara
da cidade capital, o Distrito de Água Grande.
Baseado em campanhas teatrais
exibidas pela TVS (único canal local), os santomenses vão tomando conhecimento
de como separar os itens “perigosos” (computadores, baterias, pilhas,
televisões, etc.) do lixo comum, além de informar-se acerca do local onde
poderão depositar este lixo. Até aqui fica tudo teoricamente funcionando bem, o
problema é que estas ações não alcançam a população de menor renda, já que
existe apenas um ponto receptor destes resíduos, ficando afastado das zonas
(bairros) mais populosas, e, como não há um sistema regular de transporte
público, a maioria das pessoas não possui grandes equipamentos eletrônicos no
país, acabando assim por não se deslocar até a área para descartar os itens
menores como pilhas e baterias de celulares por exemplo.
Faz-se necessário, portanto a
distribuição de pontos desta coleta parcialmente seletiva, como a fixação de
caixas coletoras nos locais públicos mais movimentados, como: bancos, escolas,
praças e mercados, além de sensibilização por parte dos educadores e incentivo
as empresas para acolher estes pontos coletores, por exemplo.
Por Raphaela Nazaré
Bióloga residente em São Tomé e Príncipe