sexta-feira, 20 de abril de 2012

Primeiros passos para sustentabilidade em São Tomé e Príncipe


Coleta parcialmente seletiva está sendo implantada no país, a fim de divulgar a preservação do meio ambiente a nível nacional.

São Tomé e Príncipe é um país insular, que foi colonizado por Portugal e obteve sua independência política em 1975, possui um povo de cultura resultante de várias origens como a portuguesa, angolana, guineenses e cabo-verdiana. Hoje a presença de estrangeiros no país ainda é forte, mas agora são também dos mais variados países além dos que já passavam por aqui, como os franceses, chineses, brasileiros e norte-americanos. 

Com esta salada cultural presente no cotidiano, muitos hábitos vão sendo mudados pouco a pouco, como a sensibilização à preservação do meio ambiente. Idéia que chegou timidamente, e nos últimos anos está ganhando vários multiplicadores. Entre as ações mais perceptíveis temos as formações aos vários atores sociais realizadas pelas ONGs e recentemente uma coleta parcialmente seletiva está sendo implantado pela câmara da cidade capital, o Distrito de Água Grande.


Baseado em campanhas teatrais exibidas pela TVS (único canal local), os santomenses vão tomando conhecimento de como separar os itens “perigosos” (computadores, baterias, pilhas, televisões, etc.) do lixo comum, além de informar-se acerca do local onde poderão depositar este lixo. Até aqui fica tudo teoricamente funcionando bem, o problema é que estas ações não alcançam a população de menor renda, já que existe apenas um ponto receptor destes resíduos, ficando afastado das zonas (bairros) mais populosas, e, como não há um sistema regular de transporte público, a maioria das pessoas não possui grandes equipamentos eletrônicos no país, acabando assim por não se deslocar até a área para descartar os itens menores como pilhas e baterias de celulares por exemplo.
 
Faz-se necessário, portanto a distribuição de pontos desta coleta parcialmente seletiva, como a fixação de caixas coletoras nos locais públicos mais movimentados, como: bancos, escolas, praças e mercados, além de sensibilização por parte dos educadores e incentivo as empresas para acolher estes pontos coletores, por exemplo.

Por Raphaela Nazaré
Bióloga residente em São Tomé e Príncipe

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pela sua participação.

Volte Sempre!